domingo, 31 de julho de 2022

Ocasião

Tuas mãos desaguam no silêncio
E só elas libertam as palavras
Matizantes do teu olhar.

Um tempo voraz este que acontece
Machuca a nitidez doirada dos trigos

Deita metade da vida de uma mulher
Irremediavelmente nas garras da solidão
Agora o remédio é deixar a vida correr

Fascinante como um rio sem paragem.
Entenda-se que nenhuma ferida faz ninho
Logo ali aonde os versos libertam ninfas
Inteiras cidades de luz
Zelam pelo teu sonho

Sempre aquelas mãos...
Imaculadas
Livres para tocar a pele
Violinos são que tinem delicadas notas
Implorando para dizer apenas:
Amo-te.

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