Rosa branca que
rasgas a noite na invisível mão de um anjo
A tua luz surge como o deslumbre de um parto
Inunda a pulsante infância do amor
Sob a materna mudez de uma macieira na sombra
Alimenta a minha doce e vertiginosa mendicidade
Encanta-me com a tua suplicante lucidez de pássaro
Uterina razão dos meus exilados dias
Traz-me lábios que a ninguém pertençam
Enquanto dura o delírio da absoluta pátria do desejo
Acerta o teu corpo no relógio da incerteza
Muda a genética cor dos meus olhos
Ou então celebra comigo a biografia do silêncio.
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