Escrevo, porque o peso da civilização se atravessa na minha garganta como uma espinha perversa.
Escrevo, porque se perderam no tempo os galos e os sinos que anunciavam a vida pela madrugada.
Escrevo, porque perdi a infância na eterna espera da felicidade sempre adiada.
Escrevo, porque não sei falar dum outono dourado que me incendeia os olhos de propósito.
Escrevo, porque as noites me fecham o reino da luxúria onde outrora o prazer se disfarçava de peixe azul no aquário dos sentidos.
Escrevo, porque na ínfima divisão das sortes estive ausente nas florestas em busca de todas as partes roubadas à paixão.
De outra forma, seria livre... e não saberia morrer!
domingo, 2 de maio de 2010
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